sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Uso da chupeta - coluna da dentista Geórgia Faria

Nos primeiros meses de vida, todas as crianças têm necessidade de sucção. Existe a sucção nutritiva, através da qual a criança se alimenta, e a não nutritiva,  que pode ser relacionada à sucção de dedo, chupeta, lábio ou língua, por exemplo. 

O uso da chupeta é aceito nesses primeiros meses porque, além de estimular alguns músculos faciais, seu uso libera endorfinas que acalmam.

A recomendação é que só seja usada nas horas de choro ou sono e que, passado o choro ou se a criança adormecer, seja retirado. 

A idade ideal para retirada é  2 anos, podendo ser prolongado até os 3, uma vez que, ainda que a chupeta cause problemas na mordida e na posição dos dentes, as chances deles regredirem sem necessidade de intervenção são grandes.

Esta retirada, por sua vez, não deve ser abrupta, pois existem fatores emocionais envolvidos. Devemos retirar gradativamente, sem traumas e/ou sofrimento.

A chupeta pode ser uma aliada que, se bem usada, não se tornará um vilão. O uso de forma errada ou prolongada causa, entre outros problemas, a mordida aberta.

Sempre troque a chupeta a cada 3 meses, procure comprar aquelas adequadas a idade do bebê e no formato ortodóntico para minimizar possíveis consequências.

Dr. Geórgia Faria

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Sentar em W

Sobre sentar em "W".

De vez em quando Bianca senta nessa posição para brincar, no entanto, eu costumo corrigir tal postura para que não vire um hábito e acarrete problemas futuros. Mas, afinal, qual é o problema em sentar nesta posição? Se não for a posição que a criança assume ao se sentar constantemente, não há problema, afinal, é saudável que a criança varie a posição sentada. No entanto, se ela se senta assim sempre que vai brincar, você deve ficar atenta. A posição em W, sendo bem sucinta, prejudica o quadril em formação da criança, bem como o seu desenvolvimento motor, uma vez que gera uma maior estabilidade e a criança não precisa se esforçar para manter o equilíbrio. Não trabalha a musculatura e a rotação da coluna, uma vez que tende a usar a mão direita apenas no lado direito e a mão esquerda apenas do lado esquerdo. Assim, para evitar que vire um vício, sempre que notar que a criança está sentando demais nessa mesma posição, procure mudar e explicar que ela deve sentar de outra maneira (seja de perninhas cruzadas, esticadas, de lado...).

Beijos!
Fernanda

10 Dicas para adaptação escolar

Oi! Hoje vim trazer para vocês dicas para passar de forma mais tranquila por essa fase nova e maravilhosa da vida do seu filho! Lembrando sempre que cada criança tem seu ritmo e sua personalidade e tudo isso deve ser respeitado. Jamais force nada e procure não se irritar ou se estressar se esse começo for mais difícil. É tudo questão de adaptação e, com o tempo, as coisas se ajeitam! Crianças são muito adaptáveis e o tempo que  vai levar depende dela, mas também de como você irá conduzir. Paciência e muito amor!

Por Fernanda Daltro.

10 Dicas para adaptação escolar

1. Lembre-se de que o ambiente escolar é novidade para o seu filho e mesmo que ele seja uma criança independente, ele poderá estranhar o novo ambiente e as pessoas desconhecidas, portanto, não crie muitas expectativas e vá preparada para ele não querer ficar na escola nesse começo.

2. Mesmo que o seu filho apresente resistência no começo e chore, seja sempre firme e demonstre que aquele ambiente é legal, que ele vai gostar de brincar com os coleguinhas, mostre que voce confia no ambiente e nas pessoas ali, pois só assim ele também sentirá confiança. Evite chorar na frente dele ou prolongar demais uma despedida. Seu filho ficará bem sem você.

3. Se você notar nos primeiros dias ele chorando demais, não insista para que ele fique muito tempo, respeite o tempo do seu filho e deixe que ele vá se adaptando aos poucos, até se sentir seguro e confortável. Não deixe de levá-lo todos os dias, mas no começo ele não precisa ficar o período inteiro, especialmente nas duas primeiras semanas. Fique sempre esperando no pátio.

3. Ao levar a criança para casa procure conversar sobre a escola e demonstrar empolgação, para que ele também possa aos poucos ir se animando com a ida para a escola.

4. Sob hipótese alguma saia sem se despedir, mesmo que ele chore. Se despeça SEMPRE, abrace, beije, diga que agora ele vai brincar com os coleguinhas e a professora, que depois você irá voltar para buscá-lo e saia.

5. Deixe que o seu filho se adapte no tempo dele ao novo ambiente sem você e que aos poucos se sinta bem em estar lá. Lembre-se sempre que criança precisa se sentir segura para estar bem e com a escola não é diferente. Se ele sentir essa segurança lá, você vai ver que logo logo estará feliz da vida na escolinha.

6. Uma boa dica é você levar seu filho antes dele começar a adaptação para conhecer a escola durante alguns dias e circular por lá, ver as pessoas, o ambiente. Assim, quando ele começar de fato e tiver que ficar sem você, o ambiente não será totalmente estranho e poderá ajudar na adaptação.

7. Procure avaliar como é a rotina da criança em casa antes de decidir por qual período vai matriculá-la. Por exemplo, se a criança acorda cedo, passa a manhã super ativa e tira cochilo só depois de almoçar, faz mais sentido que ela estude pela manhã, a não ser que você reestruture a rotina dela para adequar à nova realidade (até porque não faria sentido, nesse caso, ir pra escolar passar metade da tarde dormindo, ou pior, extremamente irritada, caso não durma). Isso, claro, se não for período integral.

8. Tenha sempre em mente que apesar do choro (normal nesse tipo de situação), você não pode blindar seu filho para que ele não passe por situações assim, pois ele precisa aprender a lidar com as emoções e saber que uma hora ele vai ter uma vida separada da sua. Mostre a ele que isso não é algo ruim, muito pelo contrário, pode ser bem legal poder contar para os pais depois tudo o que aconteceu no seu dia. Mas isso leva tempo e você precisa ter muita paciência e firmeza para ajudá-lo a lidar com essa separação momentânea.

9. Deixe a criança participar dos preparativos escolhendo, por exemplo, a mochilinha que vai levar do seu personagem preferido. Isso já ajuda a criar um objeto conhecido e que ela se sentirá bem em carregar, podendo ser um estímulo a mais para ir à escolinha.

10. Por fim, confie na capacidade de adaptação do seu filho e tente fazer disso um momento mais leve, tranquilo e natural, sem dar muita importância ao que não deve ser dado. Assim, as coisas fluirão mais facilmente e, quando você menos esperar, a escolinha vai ser um dos lugares favoritos do seu filho!

Boa sorte para vocês!

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Benefícios da leitura desde bebês

Os benefícios de entrar em contato com os livros e se habituar à leitura acompanharão as crianças por toda a vida, portanto, estimule seu filho desde bebê a ter prazer em se divertir com livrinhos diariamente, deixe-o manusear, leia histórias, faça com que esse momento prazeroso se torne um hábito, estimule a imaginação, o encantamento, e você vai ver: lá na frente,  tal hábito só trará benefícios, não apenas trabalhando a imaginação e a criatividade, mas outras áreas também importantes, como: o desenvolvimento da linguagem, a ampliação do vocabulário e o estímulo para a concentração da criança; desenvolve o senso crítico e faz com que se tenha prazer na busca pelo saber (por toda a vida).

Os livros indicados para crianças até 2/3 anos, são aqueles que explorem os sentidos. A começar pelo paladar, afinal, que criança nunca colocou um livro na boca? Aqueles livros feitos de materiais diferentes, como plástico, pelúcia, pano, com a página mais grossinha para que, além da criança poder explorar o livrinho pelo tato, ela também possa manusear sem que o livro se rasgue. Aqueles livros cheios de cor e desenhos que agradem a criança para estimular visualmente e estimular a aprender a associar palavras com a imagem que vê. Aqueles livros com botões que toquem musiquinhas ou emitam sons ou palavrinhas, para que a crianças também sejam estimuladas pela audição!

Opções para os pequenos é o que não falta, sempre vai ter um que agrade a sua criança! Boa leitura!

Beijos,
Fernanda

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

O que acontece na primeira consulta ao dentista - coluna da Dra Georgia Faria

Boa tarde!! 

Hoje vamos falar sobre a primeira consulta odontológica da criança. Vcs podem notar que demorei a levar Bianca, confesso, mas foi pq mudamos de cidade e eu queria que ela fosse na Dra Georgia Faria e os horários desencontrados não contribuíram. E como ela demorou muito a ter seu primeiro dentinho, acabei não tendo pressa. Mas segui à risca todas as orientações que ela me passou e, assim que consegui, levei Bianca para a sua primeira consulta. Foi muito legal e bem tranquila, ela só chorou um pouco na hora de ver a sua boquinha, mas logo passou. E levamos nota de 10! Vamos ver o que a dentista tem a dizer? 

"A primeira consulta odontológica

Olá, mamães! Espero que todas tenham tido um excelente Natal e que 2016 seja só de coisas boas, sem nenhum dentinho quebrado e nenhuma cárie nos pequenos, só sorrisos lindos e saudáveis!
Na postagem do dia 16.09.2015 falamos sobre quando seria ideal fazer a primeira consulta odontológica do seu filho. Agora, vamos falar um pouco sobre a importância dela ser feita por um odontopediatra e o que iremos explorar neste dia. 
Nesta primeira consulta, o que parece apenas meia hora de brincadeiras, esconde uma importância enorme. Enquanto a criança entra no consultório e se encanta com bonecos cheios de dentes, personagens favoritos, escovas de dente ou dentes de pelúcia, além dele sentir-se completamente à vontade, o odontopediatra já começou sua avaliação e você nem percebeu. Vamos observando comportamento da criança, se ela é tímida, se é agitada, curiosa, sensível ou até se já demonstra medo. Será observado padrão de sorriso, padrão facial, postura e até alguns hábitos da criança. Dá pra avaliar também o perfil dos pais, se são superprotetores, se são negligentes e, pasmem, até diagnóstico de violência infantil pode ser reparado pelo dentista.
Um ambiente claro e colorido e alguns brinquedos vão ajudar a ganhar a confiança da criança, que não deve jamais partir imediatamente para a temida (e/ou desconhecida) cadeira odontológica num primeiro momento. O odontopediatra precisa ganhar a atenção da criança e tornar-se amigo dela, independente de sua idade. Além disso, brinquedos educativos vão ajudar a ensinar a escovação certa para os maiores ou estimular o início da escovação nos menores.
Após deixar a criança examinar a boca de muitos bonecos, será mais fácil convencê-la a mostrar a sua própria boca. Precisamos avaliar a sequência correta de erupção de dentes, se a higiene está boa ou não, se a posição está correta, se há anomalias em quaisquer estruturas, se a língua e lábios estão nas posições corretas para que a criança fale bem e degluta corretamente e, por fim, se há ou não cáries ou manchas que podem tornar-se cáries. Descobrir se a criança tem hábitos e orientar os pais quanto a eles também é fundamental. Por fim, a criança será elogiada quando cooperar e ainda levará um presente por bom comportamento e para que ela lembre daquela consulta por mais tempo.
Quando os pais seguem as orientações e a criança frequenta o consultório a cada seis meses para essa avaliação de rotina e prevenção com futuras aplicações de flúor, dificilmente terá problemas dentários e, caso os tenha, não terá medo de deixar que o odontopediatra resolva ainda em fase inicial.
Tive o prazer de fazer a primeira consulta da pequena Bianca semana passada, ela amou e se divertiu muito. Resistiu um pouco na hora da avaliação, mas isso é comum antes dos 2 anos, mesmo com todo o contexto de brincadeiras. Usamos a técnica “joelho a joelho” para examiná-la. Essa técnica, além de evitar a cadeira, deixa a criança no colo da mãe, o que lhe deixa mais segura e é possível conter as mãos e os movimentos bruscos da cabeça permitindo que, o mais rápido possível, o dentista examine tudo que for necessário! Bianca e sua mamãe estão de parabéns! Aguardo vocês com seus filhotes para uma consulta. O consultório estará fechado em janeiro, mas já estamos agendando para fevereiro.
Beijos em todas
Geórgia"

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Saltos de Desenvolvimento

Você já passou por um período em que nada consola o seu bebê, ele tem uma irritação aparentemente sem motivo, não dorme mais como costumava dormir e pede mais colo que o normal? E, assim como veio, do nada, todas essas características pareceram desaparecer?

A gente tem o costume de buscar explicações para mudanças no comportamento dos nossos bebês e, muitas vezes, procuramos algum desconforto para tentar sanar aquela inquetude, seja um dente nascendo, seja uma fralda suja, seja sono ou cansaço. Mas, a verdade, é que tudo isso pode estar associado a apenas um fator: seu bebê está crescendo! E, para ele, isso pode ser bem dolorido. Crescer dói! 

Estranho pensar assim, ne? Mas é assim que acontece: de tempos em tempos, o bebê aprende novas habilidades e, com elas, vem o desejo de dominá-las. Vamos exemplificar. Após completar 4 meses, começamos a deixar o bebê mais sentadinho para que ele aprenda a sentar sozinho, assim, com o tempo, ele vai começar a tentar se sentar de fato! Só que, até aprender a sentar, ele  precisa praticar, correto? Então, se pensarmos assim, a irritação pela qual o bebê passa começa a ser algo natural, ele quer dominar aquela atividade, ainda não consegue, e quer treinar o tempo todo para ficar bom nisso!

Os saltos acontecem mais ou menos até os 2 anos de vida da criança e são aproximadamente os seguintes:
-1 mês
- Próximo de 2 meses
- Próximo de 3 meses
- 4 meses e meio
- 6 meses
- 7 meses
- 8 meses e meio
- Próximo de 11 meses
- Próximo de 13 meses
- Próximo de 15 meses
- 17 meses

Alguns bebês apresentam mais as características do salto do que outros, mas todos passam por essas fases de desenvolvimento. Às mamães cabe apenas o papel de compreender e buscar ajudar a passar por cada uma delas com muito carinho e paciência.

Por aqui, os saltos que mais percebi alterações significativas foram os dos 4 meses, 8 meses e 11 meses. Bianca passava a acordar de hora em hora à noite, durante o dia se irritava com tudo, não queria colo e, ao mesmo tempo, se ficasse no chão pedia colo, não comia direito, chorava por qualquer motivo e, da mesma forma que todos esses sintomas vieram, como num passe de mágica, foram embora. Lembro de ouvir várias pessoas falando que era dente, que ela acordava de noite com fome, bla bla bla. E eu sempre respondia que ela tava passando por um salto, que não era nada disso e que ia passar. Instinto de mãe não falha! E o mais engraçado era perceber realmente uma nova habilidade adquirida após cada salto desse! O dos 4 meses foi o pior de todos.

Com 4 meses e 3 semanas mais ou menos, ela ficava numa irritação impressionante, acordava de hora em hora chorando muito e não mamava direito. Após umas 4 ou 5 semanas, do nada, ela mudou totalmente e ficou bem mais tranquila! Aos 5 meses e meio ja sentava sem apoio algum! Depois que passa a gente fica toda orgulhosa das conquistas deles, né?

Portanto, mamães, procurem respeitar o tempo do seu filhote, entendam como uma fase necessária e, acredite: vai passar!

Fernanda Daltro.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Introdução alimentar

Alimentação no primeiro ano de Bianca

A introdução alimentar por aqui não foi nada fácil. A pediatra liberou com 5 meses, mas Bianca não comia NADA. Tentei por duas semanas dar frutinhas amassadas, tentava uns dias seguidos a mesma, depois mudava, tentava deixa-la pegar na comida, não desistia na primeira careta, tentava fazer um momento leve, cantava, falava o que ela tava comendo... segui todos os conselhos que recebia e nada deu certo. Ela chegava ao ponto de chorar quando ia dar comida porque não queria que colocasse nada na boca dela de jeito nenhum. Até que conversei com uma nutri infantil e ela me aconselhou a dar um tempo, pois talvez Bianca ainda não estivesse preparada para começar a introdução alimentar. E foi o que eu fiz.

Quando ela completou 6 meses, 15 dias depois, retomei as tentativas e dessa vez foi um pouco melhor. Ela ainda fazia muita careta, cuspia, mas não chorava e aceitava um pouco melhor. Aos poucos e com muita paciência, respeitando o tempo dela e a sua adaptação, as coisas foram melhorando e ela foi aceitando as frutinhas.

Desde o começo ela nunca gostou muito de banana, nem de maçã. As preferências que eu comecei a notar por aqui: mamão, caqui e pera portuguesa.

Rotina de alimentação dela aos 6 meses era a seguinte: acordava e mamava por volta das 7h, depois comia frutinha às 9h (se não comesse ou comesse muito pouco não tinha problema, pois a fruta se inicia nos intervalos das mamadas para a criança começar a acostumar com alimentos sólidos), mamava às 11h e depois mamava de novo às 15h. Às 17h dava frutinha de novo (mesma coisa da manhã, se não comesse ou comesse muito pouco não tinha problema algum pq é no intervalo das mamadas e o bebê está se adaptando a ter algo mais sólido em sua alimentação), mamava depois às 19h e dormia. Acordava só umas 2h da manhã pra mamar de novo e depois só pela manhã.

Eu esperei 15 dias pra ela se adaptar bem à nova forma de alimentação com lanchinho de fruta pela manhã e pela tarde e em seguida comecei a papinha salgada, substituindo a mamada do almoço. Cozinhava bem no vapor e oferecia amassadinha como purezinho com 6 meses e meio.

Comecei com legumes isolados, depois fui combinando um legume que ela ja havia comido com um novo, depois três, sempre experimentando um legume novo por dia. Isso ajuda a conhecer o paladar do bebê (porque se houver alguma rejeição, vc pode tentar combinar um que vc sabe que ele adora com o outro para ver se a aceitação melhora) e a saber se ele teve alguma reação alérgica a algo específico.

Nessa fase, a papinha já passou a substituir a mamada da hora do almoço, por isso a preocupação em iniciar com os lanchinhos, para quando começar a refeição de fato o bebê já estar mais adaptado ao alimento sólido.

Aos 7 meses foi que introduzi a papinha no jantar (substituindo a mamada desse horário) e, nessa fase, já não era apenas purezinho de legumes, eu passei a incrementar com arroz, feijão, pouco depois passei a usar a carne e não apenas o caldo... Tudo temperado com temperos naturais e sem sal nenhum! E tudo bem amassadinho no garfo!

Óbvio que não era tudo maravilhoso e houveram dias dela não querer comer nada. Nessa idade, como estamos ainda introduzindo uma alimentação nova, ela ainda é complementar ao leite. Então, nada de se desesperar: não comia na hora da refeição, eu dava uma mamadeira de leite e tava resolvido!

Aos 8 meses, a pediatra disse que não desse mais a mamadeira à tarde. Bianca começou a dar muito trabalho para comer e o ganho de peso dela estava bem acima da média, então, a pediatra sugeriu fazer essa mudança por achar que ela não estivesse com fome na hora das refeições por estar com intervalos de menos de 3 horas e com a barriguinha cheia de leite. Foi o que fiz: sem a mamadeira da tarde eu passei a dar o almoço um pouco mais tarde e ela começou a almoçar e a jantar muito melhor!

Aos 9 meses a pediatra sugeriu que fosse retirando a mamada da madrugada, tanto por causa dos dentinhos, para evitar cárie, como pelo fato de que ela provavelmente não precisava mais daquela mamada, ainda acordava mais pelo costume de acordar para mamar.  E em menos de 1 mês consegui tirar a mamada da madrugada. Não foi de um dia pro outro, mas conseguimos. Nessa fase ela passou  a dormir um pouco mais tarde, acho que por adaptaçãodo próprio organismo dela, para mamar um pouco mais tarde tb antes de dormir e não ficar tanto tempo sem comer.

A nova rotina aos 9 meses passou a ser: 7h mamar, 9h lanche, 12h almoço, 15h lanche, 18h jantar, 20h mamar e dormir.

Aos 10 meses passei a deixar a comidinha mais pedaçuda e com 11 meses ela já comia a mesma comida que o resto da casa (só que sem sal e mais picadinho). A rotina alimentar dela com 1 ano permanece a mesma, com a diferença apenas quanto aos horários, porque ela tem acordado 8h e dormido às 21h.

Hoje ela come praticamente tudo, apenas evito coisas muito gordurosas (nunca dei nada com creme de leite, por exemplo), nem nada com açúcar, biscoitos, danoninhos, suco de caixinha, nem nada disso, procuro sempre dar uma alimentação natural e balanceada para Bianca. Hoje eu incremento os lanchinhos com iogurte natural e sem açúcar, geléia feita apenas com a fruta e sem açúcar, congelo frutinhas para fazer sorvetinhos, dou pão, queijo... E pretendo manter assim até pelo menos 2 anos! Depois faço um post das opções de lanchinhos dadas pela própria nutricionista dela.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Baby blues

Você passou 9 meses acariciando a barriga e sonhando com esse serzinho que se desenvolvia e crescia dentro de você. Imaginava cada traço do seu rostinho, com quem se pareceria e como seria sua personalidade. Ao final da gestação você não aguentava mais esperar e não via a hora de ter o seu pequeno milagre nos braços, até o dia em que ele veio ao mundo lindo e perfeito, cheio de saúde! Você se emociona, sorri, o abraça e, ao chegar da maternidade... parece que alguma coisa sai dos trilhos. Uma sensação de medo, de impotência, de não saber o que fazer com tanta informação, de arrependimento e, de repente, você passa a se questionar em tudo! Inclusive pelo fato de ter engravidado... o desejo repentino passa a ser colocar o bebê de volta na barriga! Ninguém disse que seria assim! E se eu não souber porque ele chora e não conseguir acalmar? Por que ele não dorme? Como dar conta de tantos detalhes nos cuidados com um recem nascido? Sensação de que não vai conseguir. A exaustão não te deixa pensar direito e a tristeza constante te deixa ainda mais culpada. Como pode eu não estar feliz com meu pequeno nos braços? Por que eu só consigo chorar e me sinto tão perdida? Saiba que se você se identifica com o que acabei de escrever, você não está sozinha e nem é uma péssima mãe por isso. Tem nome e atinge cerca de 80% das mulheres: baby blues (ou blues puerperal). Por que isso acontece? Tem a ver com os hormônios da gravidez que, cerca de 3 dias após o parto, eles diminuem abruptamente. Fora isso, todo o conto de fadas que envolve a maternidade, as cobranças externas e internas, nos deixam com a sensação de que não estamos sendo boas o suficiente. Essa condição pode durar até  cerca de 3 semanas e o apoio e compreensão do companheiro, família e amigos sao essenciais para que você consiga passar por esse momento. Peça para atenderem o telefone por você e controlarem as visitas, afinal, além do apoio, vc precisa tb de tempo para se adaptar à sua nova rotina e ao novo membro da sua família, conhecê-lo, entendê-lo e se conhecer como mãe tb, afinal, com o nascimento do seu pequeno esse novo papel surge na sua vida e você precisa aprender a exercê-lo! Algumas vezes os sintomas podem ser confundidos com depressão, mas não se preocupe, vai passar! No entanto, se você não notar melhora e durar mais do que o normal, ou mesmo se tem histórico de depressão na família, procure ajuda. A maternidade é uma fase maravilhosa, mas tem seus altos e baixos. Aprendamos a lidar com eles e tudo se torna mais leve!

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Influência do pai na vida da filha

É lindo de ser ver a paixão que a filha tem pelo seu pai. E qd paramos para pensar no quanto é fundamental a presença do pai na criação de uma garota, no quanto é saudável e ajuda no seu bom desenvolvimento emocional, essa relação se torna mais bonita ainda! 

O pai é o primeiro amor de uma menina, o maior exemplo e o modelo que a fará admirar homens de bem. Um pai ausente ou que não seja um bom exemplo em casa, caso contrário, poderá fazer com que ela entre em relações conflituosas e tenha a autoestima lá embaixo. 

Seja o homem que a sua filha admire e com quem vc gostaria de vê-la no futuro. 

O papai de Bianca é bastante participativo em todos os sentidos, e essa participação ativa dele fez (e faz) com que a ligação entre eles seja cada vez mais e mais forte. É um homem de bem e com o coração gigante! Certeza que o amor que ela sente hj por ele fará surgir, também, admiração e orgulho pelo seu papai no futuro. 

Por mais papais participativos e amorosos com seus filhos!!

Fernanda.


"Observei filhas conversarem com o pai. Quando você, pai, entra na sala, elas mudam. Tudo nelas muda: olhos, boca, gestos, linguagem corporal. Nenhuma filha permanece indiferente na presença do pai. Podem até ignorar a mãe, mas não você. Ficam radiantes, ou choram. Observam você atentamente. 
Apegam-se a cada palavra sua. Esperam receber sua atenção e a aguardam com frustração — ou desespero. Precisam de um gesto de aprovação, de um aceno da cabeça indicando incentivo, ou mesmo de contato visual, para saberem que você se importa e está disposto a ajudar.

Quando está em sua companhia, sua filha se esforça ainda mais para se sair bem. Quando você a ensina, ela aprende com mais rapidez. Quando você a conduz, ela adquire confiança própria. Se você entendesse plenamente a influência profunda que pode exercer sobre a vida de sua filha, ficaria aterrorizado, maravilhado, ou ambos. Você é capaz de moldar o caráter dela de uma forma que namorado, irmão, e mesmo o marido não podem. Sua influência se estende por toda a vida dela, pois ela lhe confere autoridade superior à de qualquer outro homem.

(...)

O pai muda, de forma inevitável, o curso da vida de suas filhas — e pode até salvá-las. Desde o instante em que você vê pela primeira vez o corpo de sua menininha, recém-saído do ventre materno, até o momento em que ela se muda de sua casa, o relógio não para. Ele marca as horas que você passa com ela, as oportunidades de influenciá-la, de moldar seu caráter, de ajudar a encontrar-se e a desfrutar a vida."

"Pais fortes, filhas fortes", escrito pela pediatra Meg Meeker

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Socialização infantil

Boa tarde! Hoje resolvi escrever um post falando sobre como ocorre a socialização das crianças, especialmente com outras crianças, em que fase isso se dá e como auxiliar quando temos crianças em idades diferentes convivendo juntas.

Bianca convive bastante com dois priminhos em idades diferentes da dela e, mesmo assim, ela é apaixonada por eles! A primeira coisa que temos que saber é que o interesse em conviver socialmente se dá em etapas.

Durante os primeiros meses de vida, especialmente até o 4 ou 5 mês, o interesse do bebê é voltado para os pais (ou cuidadores). Ele gosta de ouvir a voz, ver o rosto, sentir, ficar junto, imitar. A partir do 6 mês, além dos pais, o bebê passa a se interessar também em ver outras crianças, ela se distrai com elas e gosta da sua presença, apesar de ainda não interagir. Importante lembrar que o primeiro ano de vida do bebê ele ainda está se descobrindo como indivíduo separado da mãe (alô, ansiedade de separação) e está mais focado em desenvolver as suas habilidades, como balbuciar, descobrir mãos e pés, sentar, segurar objetos, ficar de pé, andar. Portanto, ainda não há uma socialização efetiva, mas faz muito bem para a criança conviver com outras desde essa fase. Bianca desde os 6 meses é encantada pelo primo de 3 anos, e ele adora faze-la rir. Rsrs

Entre 1 e 2 anos a criança passa a ter uma independência maior, o que significa começar a andar, explorar o mundo E outras crianças. A partir daí é ainda mais importante este contato. A princípio ela não vai brincar junto com outras crianças, mas é a partir daí que se começa a introduzir a noção de divisão de brinquedos, compartilhar brincadeiras, convivência em sociedade.

Até os 3 anos a criança vai começar a entender, mas não significa que vai gostar de dividir. É normal a criança ser autocentrada até esta idade, não quer dizer que ela seja egoísta. E não quer dizer também que vc não deva continuar ensinando. Uma observação a se fazer é tomar cuidado para não forçar a criança a emprestar tudo quando ela estiver bricando, o outro também precisa entender limites e nãos.

Portanto, permitam seus filhos conviverem desde pequenos com outras crianças, mas saiba como vai ser essa convivência em cada fase para que essas relações sejam saudáveis para todos!

Fernanda