quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Socialização infantil

Boa tarde! Hoje resolvi escrever um post falando sobre como ocorre a socialização das crianças, especialmente com outras crianças, em que fase isso se dá e como auxiliar quando temos crianças em idades diferentes convivendo juntas.

Bianca convive bastante com dois priminhos em idades diferentes da dela e, mesmo assim, ela é apaixonada por eles! A primeira coisa que temos que saber é que o interesse em conviver socialmente se dá em etapas.

Durante os primeiros meses de vida, especialmente até o 4 ou 5 mês, o interesse do bebê é voltado para os pais (ou cuidadores). Ele gosta de ouvir a voz, ver o rosto, sentir, ficar junto, imitar. A partir do 6 mês, além dos pais, o bebê passa a se interessar também em ver outras crianças, ela se distrai com elas e gosta da sua presença, apesar de ainda não interagir. Importante lembrar que o primeiro ano de vida do bebê ele ainda está se descobrindo como indivíduo separado da mãe (alô, ansiedade de separação) e está mais focado em desenvolver as suas habilidades, como balbuciar, descobrir mãos e pés, sentar, segurar objetos, ficar de pé, andar. Portanto, ainda não há uma socialização efetiva, mas faz muito bem para a criança conviver com outras desde essa fase. Bianca desde os 6 meses é encantada pelo primo de 3 anos, e ele adora faze-la rir. Rsrs

Entre 1 e 2 anos a criança passa a ter uma independência maior, o que significa começar a andar, explorar o mundo E outras crianças. A partir daí é ainda mais importante este contato. A princípio ela não vai brincar junto com outras crianças, mas é a partir daí que se começa a introduzir a noção de divisão de brinquedos, compartilhar brincadeiras, convivência em sociedade.

Até os 3 anos a criança vai começar a entender, mas não significa que vai gostar de dividir. É normal a criança ser autocentrada até esta idade, não quer dizer que ela seja egoísta. E não quer dizer também que vc não deva continuar ensinando. Uma observação a se fazer é tomar cuidado para não forçar a criança a emprestar tudo quando ela estiver bricando, o outro também precisa entender limites e nãos.

Portanto, permitam seus filhos conviverem desde pequenos com outras crianças, mas saiba como vai ser essa convivência em cada fase para que essas relações sejam saudáveis para todos!

Fernanda

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Traumatismo em dentes de leite - coluna da dentista Geórgia Faria

Bom dia! O post de hoje traz um tema que pode deixar os pais bastante preocupados e envolve muito choro. Que pai não fica de cabelo em pé quando vê sangue no seu filho, ainda mais saindo da boca?? E quando a criança chora inconsolável sentindo dor e assustada, o quadro piora ainda mais. Para ajudar a manter a calma, a Dra Georgia Faria traz um texto para esclarecer dúvidas e orientar os pais que passam por essa situação.
Beijos, Fernanda.

"O dia estava ótimo, cheio de brincadeiras, correria, pulos e, por um segundo de desatenção, seu filho cai, bate a boca e o dia se transforma no pior dia desde que ele nasceu. Muito choro, muito sangue e, principalmente, MUITAS DÚVIDAS! No post de hoje a ideia é orientar as melhores condutas nessa hora para que as consequências sejam as menores possíveis. 
Pra começar preciso esclarecer que um trauma na região da boca pode acometer 3 tipos diferentes de tecido. Podemos ter cortes em nível de lábio, língua e bochechas, por exemplo, que chamamos de tecidos moles. Podemos ter envolvimento de tecidos de sustentação, que compreendem gengiva, osso e ligamento periodontal, que é a estrutura que fica entre o dente o osso. E, por fim, podemos ter comprometimento do dente. Os três tipos podem acontecer ao mesmo tempo, ou não, mas temos que examinar os três para ter certeza de quais foram envolvidos na queda. Portanto, mesmo que pareça que só o dente foi atingido, ou só o lábio sangrou, nunca menospreze o trauma porque há consequências que só uma radiografia ou o tempo mostrarão. Principalmente na fase dos dentes de leite, pois os tecidos de sustentação dele são ainda muito delicados e mais facilmente sofrerão rupturas ou fraturas.
Diante disso, já mando a primeira e mais importante de todas as dicas: procure um dentista. Por menor que seja a batida, por mais que não pareça nada, por mais que o dente seja de leite e já fosse mesmo cair um dia, muitas vezes os problemas são internos e levam a consequências até no dente permanente que está se formando. Vá o mais rápido possível, de preferência a alguém que estiver de plantão na sua cidade para fazer o primeiro atendimento e, só depois, procure odontopediatra de sua preferência. Nas primeiras horas podemos fazer coisas que, depois, já não serão mais possíveis. Um dente de leite serve de guia para o permanente e tem, com ele, uma íntima relação. Às vezes uma quedinha boba que não pareceu nada compromete o dente em formação (permanente) e pode deixar muitas consequências nele.
As outras dicas são:
1.Mantenha a calma, isso vai ser bom para o seu filho;
2.Lave a região com água fria ou gelada (não colocar gelo);
3.Pressione as áreas sangrantes com toalha limpa enquanto se desloca para um profissional;
4.Procure um dentista imediatamente;
5.Guarde e leve ao dentista o pedaço do dente quebrado, caso haja, pois pode ser possível fazer colagem do fragmento. Leve-o em um recipiente com água, soro ou leite.
6.Se o dente de leite caiu todo, com raiz e tudo, não será possível reimplanta-lo, mas leve-o ao profissional, pode ajudar na confecção de prótese, se for necessário fazê-la.
Caso seu filho já tenha sofrido trauma e não foi visto/acompanhado por nenhum dentista, fique atento a alguns sintomas como: escurecimento do dente traumatizado, bolhinha amarela na gengiva acima do dente que machucou, ausência do permanente correspondente na época que ele deveria aparecer, manchas nele ou no permanente que vier depois. Essas são algumas consequências que podem aparecer de forma tardia e também vão precisar ser tratadas.
No mais, fica o meu sincero desejo de que nunca precisem seguir essas recomendações, abraço carinhoso em todos, sempre a disposição,
Geórgia Faria"

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Objetos transicionais - coluna da psicóloga Marianna Menezes

Qual criança não tem aquele apego especial àquela naninha ou paninho? É comum demais vermos isso e bastante consolador para a criança, especialmente quando está longe da mãe (como por exemplo em seu bercinho sozinha à noite, ou mesmo fora de casa). Ao se agarrar nesse objeto é como se ela sentisse segurança e conforto. Por aqui Bianca não gostou tanto de naninha, acho que a parte da cabecinha do bichinho incomodava ela em algumas posições pra dormir. Ela se atracou na fraldinha de pano e, confesso, acho a coisa mais linda desse mundo ela abraçando seu paninho! Quando ela tá com soninho ou mesmo chora por algum motivo, basta se agarrar nele que se acalma. Mas, até quando a criança vai usar este objeto? Que nome se dá a ele? É saudável tentar tirar da criança? Vamos ver o que a psicóloga Marianna Menezes tem a nos dizer sobre este assunto! Espero que gostem!
Beijos, Fernanda.

"Olá, queridas leitoras e queridos leitores.
Quem aqui não conhece ou é protagonista da história de um cobertor/ chupeta /bicho de pelúcia/ lençol/ travesseiro pelo (s) qual (is) se nutriu (ou nutre) tamanho afeto, a ponto de atribuir-lhe(s) nome e devotá-lo(s) imenso carinho? Pois é, estamos diante dos chamados objetos transicionais e esse será o tema da nossa coluna de hoje.
Em geral, por volta dos dos 6 meses de vida, o bebê que antes se encontrava absolutamente dependente do cuidado materno, em estado fusional, tendo todas as suas necessidades atendidas prontamente pela mãe, passa a ter a dimensão de que existe um mundo externo, nem sempre pronto a atender às suas necessidades de imediato.
Diante desta realidade, é comum aos bebês se apegarem a um determinado objeto (geralmente oferecido pela própria mãe), levando-o consigo durante todo o tempo, inclusive na hora de dormir e/ou repetir com frequência determinados comportamentos. 
Nesta fase em que surgem os primeiros elementos de fala, balbucios, os objetos transionais passam a ganhar nomes. Percebe-se, pois, que os objetos transicionais nada mais são que “substitutos da mãe” (bem entre aspas porque, obviamente, longe estão de ocupar a função materna em sua singularidade), numa fase em que o bebê começa a descobrir que sua dependência absoluta da mãe, torna-se, em verdade, cada vez mais relativa, e a se descobrir enquanto ser diferenciado desta, singular. Trata-se de um objeto, paradoxalmente, externo (material/palpável) e interno (com a dimensão subjetiva que ganha).
Sobre os objetos transicionais, importante frisar, não recai apenas amor e cuidado, mas toda a gama de sentimentos e emoções experimentados pela criança, funcionando, pois, como importante propulsor no desenvolvimento da criança e amenizador do processo da angústia de separação. Assim, passa a ser fonte de consolo, apoio e segurança.
Winnicott, teórico expoente a discorrer sobre o tema, cita alguns comportamentos comuns das crianças para com seus objetos transicionais: a criança afirma direitos sobre o objeto; o objeto é amado e odiado, querido e renegado, cuidado e mutilado.
É comum aos pais procurarem “trocar” esses objetos por acreditarem estar sujos, desgastados e alguns, trabalhosos em serem mantidos; entretanto, importante frisar que o objeto deve ser escolhido pela criança pela importância simbólica que representará em sua vida.
Com o passar do tempo, esses objetos serão postos de lado, devendo-se respeitar o tempo da criança. NÃO EXISTE, é importante dizer, IDADE CERTA para que o objeto transicional deixe de acompanhar a criança. Cada uma, em sua singularidade, possui seu próprio tempo."

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Presenteie seu filho com uma escova de dente elétrica! - Coluna da dentista Geórgia Faria

Bom dia!!
Já pensou em deixar seu pequeno escovar os dentes com uma escova elétrica, mas teve dúvidas? A partir de que idade? Como deve ser usada a escova elétrica? Os movimentos de escovação são os mesmos? Ela substitui a escova tradicional? A dentista Geórgia Faria em sua coluna de hoje traz um post super bacana sobre o uso da escova elétrica. Espero que gostem!
Beijos, Fernanda.

"Feliz mês das crianças! Começo hoje a escrever nossa coluna já parabenizando aqueles que são os seres mais especiais do mundo, com os quais escolhi trabalhar, tamanho amor que sinto por eles. E que tal presentear sua criança no próximo dia 12 com uma escova de dentes elétrica do personagem favorito dela? Pode não ser o presente mais desejado da loja de brinquedos, mas garanto que será bem divertido!
Isso mesmo, a escova de dentes elétrica, além de muito eficiente, será super divertida e ajudará, sobretudo aqueles que resistem a escovar os dentes todos os dias, afinal, a hora da escovação será também hora de se divertir. Mas atenção, vamos logo acabar com o principal mito sobre este tipo de escova: ELAS NÃO FAZEM O TRABALHO SOZINHAS. Algumas pessoas acham que, de posse de uma escova elétrica, não precisarão mais fazer os movimentos tradicionais da escovação. Acham que apenas passar a escova ligada sobre os dentes será suficiente. Não é. Os movimentos giratórios e vibratórios da escova devem ser um PLUS, ou seja, uma ajuda adicional. E aliás, uma ajuda bastante eficiente e recomendada para adultos e crianças.
Nas crianças, em especial, a recomendação ainda é mais forte devido ao fator “diversão” que ela acrescentará ao rotineiro hábito de escovar os dentes diariamente. A partir dos 3 anos você já pode oferecer esse tipo de escova ao seu filho e deixa-lo fazer a escovação a princípio sozinho (com supervisão), e depois com sua ajuda para terminar. Os movimentos dela são uma excelente ajuda para qualquer pessoa que tenha deficiência na coordenação motora, como crianças pequenas, pacientes especiais ou idosos.
Além dos benefícios já falados, pacientes que têm o hábito de usar escovas elétricas costumam resistir menos, ou nem resistir, ao primeiro contato com o “motorzinho” do dentista. A sensação da escovinha no motor do dentista é bem semelhante àquela gerada pela escova que ele usa em casa e, por isso, causam menor estranheza.
Então é isso, mamães, sugestão de presente dada! Muito eficiente na limpeza e muito divertida para os pequenos. Lembrando que a escova, apesar de elétrica, deve ser sempre infantil e seguir os mesmos movimentos que seriam feitos por uma escovação mecânica com escova tradicional, inclusive, com a supervisão de um adulto sempre. A escova elétrica não substitui a presença do adulto e nem garante limpeza eficiente se não for bem utilizada.
No mais, divirtam-se e cuidem-se! Abraços em todos, em especial nas fofuras homenageadas este mês!
Sempre a disposição,
Geórgia."