quarta-feira, 29 de julho de 2015

Não desista de amamentar



Se eu pudesse dar algum conselho para alguém que acabou de ter um bebê, seria: NÃO DESISTA DE AMAMENTAR. 

Amamentar é difícil, nem sempre o bico do peito é favorável, nem sempre o bebê pega de primeira. Pode machucar e o peito ficar ferido e dolorido. O bebê será completamente dependente de você para se alimentar e exigirá sua presença constantemente durante um bom tempo. Você vai se cansar, vai sentir muito sono e vai passar noites em claro. Mas, independente de qualquer coisa, é a melhor coisa que você pode fazer pelo seu filho. 

Leite materno ajuda seu bebê a se fortalecer e desenvolver suas defesas, melhora a imunidade e tem todos os nutrientes que ele precisa. Mas vai muito além disso. Amamentar é também acalentar, dar colinho e acalmar um bebê que sente perdido nesse mundo que ele nada conhece (só a você). Amamentar é dizer ao seu filho: "está tudo bem, estou aqui com você". É criar um forte vínculo que se dá pelo toque da pele e pela troca de olhares. Amamentar é, de fato, um ato de amor e devoção. 

Eu não consegui amamentar e nem por isso deixo de reconhecer a importância desse ato. Eu tive dificuldades com bico invertido e muito (muito!) choro na hora de mamar e, confesso, acabei desistindo e recorrendo à mamadeira por não aguentar mais tanto choro e desespero de fome. Tentei bicos de silicone e pouco ajudou (com pouco tempo ela se irritava e o choro voltava). 

Mas hoje eu faria diferente. Eu tentaria mais um pouco. Eu chamaria uma consultora de amamentação em minha casa todos os dias se fosse preciso. Eu tentaria outras técnicas (como a relactação). Eu daria leite materno no copinho até ela pegar o peito (não recorreria de imediato à mamadeira). 

Não acho que quem não conseguiu amamentar seja menos mãe ou ame menos por isso. Eu amo minha filha mais que tudo nessa vida e a nossa ligação é incrível! Temos a hora do banho, a hora da mamadeira, a hora de colocar pra dormir, a hora de brincar... vários momentos para nos conectarmos e fortalecermos nosso vínculo. No entanto, se eu pudesse ter a chance de fazer diferente, isso eu o faria. 

Esse é daqueles conselhos que eu gostaria de ter recebido e hoje eu dou para quem vai passar (ou está passando) por isso. :)

Um beijo, Fernanda.

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